quinta-feira, outubro 27, 2005

borboleta azul nasce junto com sol. pousa em um girassol. e de lá contempla o por do sol, antes de morrer.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Uma história vou lhes contar: aconteceu em uma vila, situada em algum canto da Floresta das folhas amarelas.
Personagem dessa história é de um menino que gostava de pescoços gordinhos de mocinhas sorridentes. Ao saborear os petitosos pescoços, o menino fominha, deixava uma marca roxa, que demorava dias, meses ou até anos para desaparecer. Segundo as fofoqueiras de plantão, o mocinho ficava dez minutos grudado no pescoço das vitimas.
Mas o objeto de apreciação, os pobres e delicados pescoços, não era compreendida pelas donas: “Porque pescoço e não a boca?” comentavam sentadas nos bancos da pracinha.
Procurei então os familiares do pequeno moço, mas como não entendiam e envergonhados ficavam em casa, trancados, portas e janelas.
Como o único meio de comunicação era através das plantonistas denpeduras nas janelas, soube que alguns não aguentaram e sumiram, desaparecendo nas madrugadas frias da cidade.
E não foram só os familiares que se trancaram em suas casas. As mocinhas-vítmas resolveram permanecer em seus lares também, não queriam mais saber de roxo no pescoço.
Sabe quando as cidades do velho oeste, os faroestes americanos, ficavam vazias quando era anuciado um "bang-bang"? Então, foi assim que o prefeito viu sua pequena cidade. Desesperado, apelou para mandingas, médicos, orações, até métodos diferentes foram usados, como cambalhotas e cosquinhas, mas nada do mocinho-beijoqueiro-pescoços-gordinhos largar a mania que assustou a cidade pequena da Floresta das folhas amarelas.
Especialistas recomendaram as mocinhas sorridentes que ficassem sérias: "sem um sorriso durante todo o dia." A idéia foi um fracasso, pois, a vila começou a ficar triste, cinzenta, porque, ninguém queria sair na rua e não ser cumprimentado com um sorriso. O prefeito loucamente louco juntou os moradores em volta do coreto e anunciou a dramática decisão, secamente disse: “Declaro a expulsão do moço-chupão."
Segundo depois, uma carta. Com letras bem gordinhas, todos escutavam: "...ao chegar na estrada sentei em uma pedra que estava no meio do caminho e começei a chorar, não entendia porque as pessoas não aceitavam o meu jeito. De repente, alguém o cutuca e pergunta: “Porque você esta chorando???” enxugo as lágrimas conto a história, a pessoa estende a mão e me leva a um lugar onde todos são cumprimentados com beijinhos no pescoço. Ao perceber que ali não era considerado um estranho, fui atacando os pescoços gordinhos das meninas mais sorridentes, e ao ver que elas ficavam mais e mais sorridentes, repetia a dose com mais vontade."
O que presenciei depois da leitura das cartas foi um certo ciúme das mocinhas de pescoços gordinhos e sorridentes.
Segundo o prefeito, parece que ninguém está feliz com o que tem, vai entender!