Nina acordava bem cedo para ver se o sol conseguia despedir-se da lua. Nina tomava café da manhã em companhia dos girassóis. Nina soprava uma bolinha de sabão dentro de outra bolinha de sabão, deitada num mar de grama. Nina desenhava com o seu olhar bichos que mais gostava nas nunvens de algodão doce. Nina almoçava na casa da árvore. Nina nadava no rio junto as borboletas brancas. Nina jantava a luz dos vaga-lumes. Nina deitava na rede e saboreava os bolinhos de chuva. Nina dormia ao som da chuva e com o cheiro de terra molhada.

Nina, de volta a cidade. Ela olha para a filha que se encanta com as gravuras do livro “Sítio do Pica Pau Amarelo” de Monteiro Lobato. Nina sorri. Nunca deixou de lembrar da casa da avó.

Arca (ArKa) - espetáculo de rua

crédito: www.fitbh.com.br


De repente não mais que de repente, a Praça da Estação foi invadida por bárbaros que lançavam labaredas pelas bocas, urravam feito bicho e seguiam em direção a um casamento que acontecia no palco à frente.
E foi assim com a musicalidade e a expressão forte dos atores, marcas marcantes do grupo, que a Companhia Osmego Dnia, da Polônia, abriu nessa quinta-feira, a 8ª edição do Festival Internacional do Teatro (Fit-BH). O espetáculo “Arka” trouxe a cidade um teatro móvel, onde o público é testemunha e participa da atuação.

Sem palavras, o público acompanhou a história de um noivado que é interrompida, uma cidade que acaba sendo interrompida, quando bárbaros colocam fogo e destrói o que um dia aquelas pessoas chamaram de lar. Forçando assim, a emigração de um povo de suas terras. Como um sinal de esperança é construído uma grande arca que navega entre um mar de pessoas a procura de um novo e quem sabe eterno lar.

A expressão corporal dos atores valeu mais do que mil palavras. A cena em que eles caminham em passos lentos de encontro à multidão, empurrando portais em chamas, ao que parecia ser uma procissão, foi de uma emoção espetacular! Assim como, a trilha marcando o ritmo do espetáculo, nos seus momentos de alegria, de tragédia, drama e esperança. O movimento do público a cada movimento da cena.

O grupo está há 30 anos na estrada dos palcos, das praças e das ruas do teatro europeu. Os doze atores também são responsáveis pela construção do espetáculo. Desembarcam no Fit para mostrar aos mineiros como um tempo de guerra vivido em uma época remota está tão mais viva e atual nos tempos de hoje.

E o FIT vem aí, olê olê olá!!!


www.fitbh.com.br

Para os mineirinhos que não comprarem ingressos para os teatros, o Festival oferece lugares alternativos e as ruas de BH para o público não ficar de fora do belo estpetáculo.

"Tenham todos um ótimo espetáculo"

"A vida é cheia de som e fúria"

www.sutilcompahia.com.br

Eu sei, eu sei, se não estou enganada a peça estreiou em 2000. Mas foi só em 2006 que pude prestigiá-la. Aconteceu hoje, em um domingo de lua cheia, e vou contar, uma combinação perfeita, porque nada melhor do que rever, ao vivo e com um bom som e luzes, a história de Rob e suas listas .

Será que o autor do romance "Alta Fidelidade", Nick Hornby, sabe da preciosidade deste espetáculo? Que adaptação!

É muito bom viver a emoção, a mesma, quando li o livro.

Ah, e posso dizer que o espetáculo "A vida é cheia de som e fúria" esta na minha lista das cinco melhores peças teatrais.

segunda-feira. meio dia. aquela moça espera do outro lado da rua o sinal fechar. de repente, uma borboleta pousa na sua blusa colorida. um segundo de descanso. um segundo de paz e alegria para aquela moça que espera no meio da confusão do centro de sua cidade.